Mais uma semana passada e mais uma caminhada prestes a começar, desta vez fomos até à Nazaré, povoação com uma longa história cujo núcleo inicial seria a actual Pederneira, terra de pescadores desde o século XII, era denominada então Seno Petronero, que significa Golfo da Pederneira. Situava-se, nessa época, mais para o interior e era a pesca na Lagoa a fonte de riqueza da vila. Desenvolvida, no final do século XV, com a chegada dos pescadores da assoreada e despovoada vila de Paredes, foi um dos mais importantes portos de mar dos Coutos do Mosteiro de Alcobaça.
O progressivo afastamento do mar, devido ao assoreamento da Lagoa e ao aparecimento da nova praia, levaram à decadência da Pederneira, em finais de setecentos. Nem a vinda dos Ílhavos e de outros pescadores e marítimos da zona da Ria de Aveiro para a vila lhe deu animo. Lentamente os seus habitantes vieram fixar-se na recente enseada, a actual Nazaré cujo nome se conjectura de provável origem fenícia.
O ponto de encontro foi um largo sobranceiro ao promontório do Sitio da Nazaré, onde iniciamos a nossa rota histórica até ao Forte de São Miguel Arcanjo, situado no promontório do canhão da Nazaré.
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| Nazaré vista do Sitio |
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| Pormenor da Nazaré |
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| Descida para o Forte |
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| Forte de São Miguel Arcanjo |

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| Pedra do Guilhim |
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| Pesqueiro e miradouro do Farol |
De seguida rumámos à praia do Norte e apreciámos o seu extenso areal a perder de vista.
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| Praia do Norte |

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| Descida para a praia do norte |
Depois de atravessado o areal e entramos nos meandros do centenário Pinhal de Leiria por onde deambulámos num trilho com muita areia a lembrar o sua origem dunar.
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| Pinhal de Leiria |
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| Trilho do Pinhal |
E começa a aventura, há que atravessar um túnel de escoamento de águas em que felizmente cabem pessoas....

E eis que no meio do pinhal emerge um monte rochoso como se de uma ilha escarpada se tratasse. Estamos perante o Monte de São Brás ou São Bartolomeu, uma elevação de origem magmática com 156m. No topo, entre grandes penedos, ergue-se a capela de São Brás que está relacionada com um episódio da Lenda da Nazaré no qual se conta que, no ano de 711, quando o último rei visigodo Rodrigo e frei Romano ali chegaram, fugidos dos muçulmanos vencedores da batalha de Guadalete, traziam consigo a sagrada imagem de Nossa Senhora da Nazaré e um pequeno cofre, em marfim, com relíquias de São Brás ou de São Bartolomeu.
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| Monte de São Brás |
Depois de uma tentativa abortada de abordagem do monte pelo lado sul...
contornámos o rochedo e subimos pelo trilho oficial tendo aproveitado o cume para a habitual paragem da Banana Time e apreciar as belas vistas sobre a região.

Ainda visitámos a ermida de S. Brás no cimo do monte e descemos por um belo trilho de escadas...
E continuamos pelo pinhal até a antiga lagoa da Pederneira hoje transformada em campo agrícola que mais lembra a lezíria que uma lagoa.
Passámos a ponte sobre o rio Alcoa e subimos a serra da pescaria...
Em seguida descemos até à milenária igreja de São Gião, cujas origens se perdem na noite dos tempos desde templo dedicado a Neptuno do período romano até igreja cristã visigótica de influência asturiana que comprova a antiguidade e importância histórica desta terra da Nazaré.
Em seguida voltámos a norte até ao porto de abrigo e subimos o monte até à antiga Pederneira, núcleo populacional original destas terras...
Não sem alguns contratempos, nomeadamente o trilho ir desembocar na área privada do SPA de um moderno hotel, espaço de onde rapidamente saímos sem quaisquer incidentes que não fossem o espanto de algumas hóspedes...
Dali rumámos à vila da Nazaré propriamente dita e junto ao sopé do escarpado promontório procurámos um trilho mais difícil que a calçada que liga a vila ao Sitio até que mais próximo do elevador conseguimos um trilho de areia para subir com uma vista soberba sobre uma das vilas mais pitorescas de Portugal!
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No final da ultima subida do percurso chegámos ao Sítio da Nazaré, onde nos divertimos com as trocas de conversas de uma Nazarena vestida a rigor com as tradicionais 7 saias.


As sete saias fazem parte da tradição, do mito e das lendas desta terra tão intimamente ligada ao mar. Diz o povo que representam as sete virtudes; os sete dias da semana; as sete cores do arco-íris; as sete ondas do mar, entre outras atribuições bíblicas, míticas e mágicas que envolvem o número sete.
Depois da pose para a foto de grupo, passámos pelo famoso miradouro do Sitio da Nazaré, onde alem das vistas podemos apreciar o tradicional trajar nazareno e os seus tão peculiares habitantes.

E assim acabámos mais uma grande e plena actividade!

contornámos o rochedo e subimos pelo trilho oficial tendo aproveitado o cume para a habitual paragem da Banana Time e apreciar as belas vistas sobre a região.
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| Trilho do monte de S. Brás |
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| Chegada ao cimo do Monte |
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| O Topo |

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| Vista do cimo do Monte de S. Brás |
Ainda visitámos a ermida de S. Brás no cimo do monte e descemos por um belo trilho de escadas...
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| Ermida de S. Brás |

E continuamos pelo pinhal até a antiga lagoa da Pederneira hoje transformada em campo agrícola que mais lembra a lezíria que uma lagoa.
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| Lagoa da Pederneira |
Passámos a ponte sobre o rio Alcoa e subimos a serra da pescaria...
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| Foz do Alcoa |

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| Friso em relevo |
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| Interior da Igreja |
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| Capitel visigótico |
Em seguida voltámos a norte até ao porto de abrigo e subimos o monte até à antiga Pederneira, núcleo populacional original destas terras...

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| Nazaré vista da Pederneira |
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| Chegada ao local do SPA do hotel |
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| SPA do hotel |
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| Largo da Pederneira |
Dali rumámos à vila da Nazaré propriamente dita e junto ao sopé do escarpado promontório procurámos um trilho mais difícil que a calçada que liga a vila ao Sitio até que mais próximo do elevador conseguimos um trilho de areia para subir com uma vista soberba sobre uma das vilas mais pitorescas de Portugal!
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No final da ultima subida do percurso chegámos ao Sítio da Nazaré, onde nos divertimos com as trocas de conversas de uma Nazarena vestida a rigor com as tradicionais 7 saias.


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| Praia |
As sete saias fazem parte da tradição, do mito e das lendas desta terra tão intimamente ligada ao mar. Diz o povo que representam as sete virtudes; os sete dias da semana; as sete cores do arco-íris; as sete ondas do mar, entre outras atribuições bíblicas, míticas e mágicas que envolvem o número sete.
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| Nazarena mostrando as 7 saias |
Depois da pose para a foto de grupo, passámos pelo famoso miradouro do Sitio da Nazaré, onde alem das vistas podemos apreciar o tradicional trajar nazareno e os seus tão peculiares habitantes.

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| Capela de Nossa Senhora da Nazaré |





























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