terça-feira, 9 de abril de 2013

Corria o ano de 1969....

Corria o Ano de 1969 quando a ultima habitante de nome Gertrudes deixou a sua aldeia natal de Broas e foi viver para a aldeia mais próxima Almorquim, deixando para trás as hoje ruínas do povoado, um típico casal saloio que foi crescendo chegando a conter 7 famílias mas por falta de vias de acesso entrou em declínio e se transformou numa aldeia fantasma. Assim ficou quase como que congelada no tempo com sua típica arquitetura saloia e o modo de viver do seu povo.






Partimos do Carvalhal, simpática aldeia encravada no verdejante vale do Lisandro nos arredores de Mafra com um sol brilhante, temperatura baixa mas sem vento o que se traduziu num simpático dia primaveril e lá fomos por belos caminhos rurais acompanhando o curso da ribeira de Cheleiros lá do alto rumo aos moinhos de Almorquim.









 




Faião, aldeia pertencente à Terrugem, já existente nos tempos do domínio Visigótico foi a primeira localidade atravessada, que nos prendou com a sua arquitetura tradicional e com a brancura das suas casas.

 
 

 


Rumo a ribeira de Cabrela fomos descendo para o vale atravessando os diversos cursos de água cristalina, ouvindo o canto primaveril dos rouxinóis.














 
Mas antes da famosa aldeia de Broas movia-nos a curiosidade de conhecer umas tais cascatas da ribeira de Fervença, onde depois de algumas atribulações chegámos e pudemos observar toda a beleza exótica deste local que seria perfeitamente idílico não fora o lixo da indústria da pedra existente no local, mas mesmo assim não deixa de ser um local digno de visita tão maltratado pelas respectivas autoridades administrativas de Terrugem e Sintra respectivamente.


 









Por Bosques e vales encantados, túnel do texugo, bosque dos caçadores, pego da asna....




 





 



Fomos-nos cruzando com outros aventureiros que à nossa semelhança aproveitavam cada um à sua maneira este dia primaveril, um grupo de viaturas TT a atravessar a ribeira de Cabrela e outro pequeno grupo de caminheiros conhecidos de alguns dos nossos.







 




Fazendo sinais no chão para os caminheiros que vêm atrás...




Chegámos finalmente a aldeia de Broas no final de um pequeno trilho de pé posto, mas para nosso espanto a aldeia estava mais habitada do que poderiamos esperar pois o grupo de TT aproveitou este local para o seu piquenique ao ar livre, transformando o ambiente fantasma da aldeia numa animada festa. 

 

 











E lá fomos a completar o nosso périplo até ao Carvalhal mais uma vez com a alma mais tranquila e serena, o cérebro mais leve e as botas mais pesadas com a lama do caminho!



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