Mais uma semana passada e mais uma actividade prestes a começar! Um dia bastante cinzento ameaça molhar o nosso divertimento!
Praia de São Julião |
Praia de São Julião (Ericeira), 24 companheiros partem vale acima até a aldeia da Baleia.
Subida para a aldeia da Baleia |
Do sol nem presença, começamos a descer para o vale do Lisandro, rio que bem conhecemos de outras caminhadas, mudando o nome para Ribeira de Cheleiros no seu curso inicial.
E verdes campos cultivados nos enchem os olhos com as suas diversificadas culturas que irão um destes dias abastecer Lisboa.
O vale agrícola do Lisandro |
Depois de atravessado o vale e as suas pequenas pontes subimos ao forte do Zambujal, símbolo histórico da união entre Portugueses e Ingleses para protegerem o país das invasões francesas. Este forte faz parte de um extenso conjunto de fortificações (Linhas de Torres) que aproveitaram as condições naturais e os materiais locais para construírem varias linhas defensivas, uma notável obra de engenharia militar com mais de 200 anos, que serviu o seu objectivo, defender Lisboa e repelir o exercito francês.
Forte do Zambujal |
Várias vezes tivemos de colocar as protecções contra a chuva, numa primavera que mais cheira a Inverno com frio e chuva atlânticos demasiado tardios para a época.
Descemos ao vale da ribeira do Arquitecto e mais uma vez regressámos ao vale do Lisandro e à preciosa igreja da senhora do Ó, que remonta pelo menos ao século XVI. Chovia e por isso seguimos o nosso caminho com maior rapidez, subimos a aldeia da Fonte Boa da Brincosa. De onde mais uma vez pudemos observar a beleza do vale do Lisandro.
Vale da Ribeira do Arquiteto |
Passámos a ponte e deparámos com os rochedos da Foz do Lisandro, talvez a mais bela paisagem deste nosso percurso.
Foz do Lisandro |
E porque me parecia que ainda não tínhamos atingido o nível de dificuldade que carateriza as nossas caminhadas, apanhei um trilho que subia e lá fomos monte acima e voltámos ao trilho original para continuar o nosso périplo até as falésias.
Desvio do trilho |
Praia da Foz do Lisandro |
E pelas falésias vimos o mar revolto, mar de inverno em Junho....
Falésias |
E finalmente chegámos ao pequeno casario da aldeia de São Julião, onde durante o domínio espanhol apareceu numa gruta onde hoje se situa uma pequena capela, um ermitão natural da ilha Terceira. O povo que por ali passava , começou a dizer que se tratava do Rei D. Sebastião. Palavra passa palavra e Mateus Álvares, assim era seu nome , nunca o negou. e assim se espalhou aos quatro ventos que D. Sebastião tinha voltado para tomar o seu lugar no trono. Um lavrador da região tinha uma filha, e impôs a Mateus Álvares, que a condição para o ajudar , era tornar a sua filha rainha. E assim foi! Num determinado dia , no centro do Jogo da Bola da Ericeira, Ana Susana casou com Mateus Álvares foi aclamada rainha e coroada com a coroa da Nossa Senhora. Acabou enforcado por ordem de Filipe II de Espanha.
E assim entre as brumas da memória chegamos ao final de mais uma bela actividade apesar do mau tempo nos ter feito companhia durante bastante parte do percurso!
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