Foi numa manhã chuvosa que chegámos à Praça dos Imperadores de Manique
do Intendente, povoação orinalmente chamada Alcoentrinho foi doada pela
Rainha D. Maria ao Intendente Pina Manique alterando lhe o nome, o qual por sua vez
pretendia fazer de Manique uma majestosa
cidade planificada de cunho neoclássico, exemplo do despotismo
esclarecido iluminista, que se tornaria sede de concelho e até, talvez no futuro,
capital de Portugal. Segundo o plano urbano estabelecido, o centro da
povoação seria uma imponente praça de formato hexagonal (baptizada de
Praça dos Imperadores), de onde irradiariam seis extensos arruamentos
com nomes de imperadores Romanos e a construção de um palácio senhorial
para residência do
próprio Intendente Pina Manique
|
Praça dos Imperadores |
|
Pelourinho |
Pelas 9:00 h fez-se a chamada dos participantes e iniciou-se o percurso
E lá partimos entre chuviscos e raios de sol pelos trilhos e vinhedos
|
Ao fundo a silhueta do Montejunto |
|
Um raio de sol |
Alguns kilometros depois a planicie deu lugar aos declives e chegámos debaixo de chuva ao denominado "Barroco da Arrifana", uma garganta, consequência da arenosidade do terreno e da erosão causada por um pequeno ribeiro que por aqui passa o qual sempre que chove arrasta
mais um pouco da areia fina cavando cada vez mais o
desfiladeiro.
|
Barroco da Arrifana |
Ao verdadeiro estilo dos Novos
Trilhos tentámos a subida que viria a desmonstrar-se impossível não
fosse a corda de um companheiro "Mariola"
que salvou a subida e tornou possivel a 37 caminheiros subirem o
impensável com a ajuda de outros tantos, uns em baixo outros em cima e no final
um sorriso em cada rosto a provar a superação dos medos!
|
O estudo da situação |
|
O fotógrafo a registar o momento |
|
A ajuda preciosa |
|
O resgate |
|
O Barranco visto de cima |
Depois de todos a salvo houve tempo para descansar o corpo e os nervos e
partimos de novo rumo ao Castro de Vila Nova de São Pedro, por
cerealíferas planícies verdejantes.
Eis então o Castro de Vila Nova de São Pedro, um povoamento amuralhado datado de à 2.600 anos antes de Cristo a testemunhar o grau de desenvolvimento dos nossos antepassados. Aproveitámos para almoçar dentro do amuralhado do castro, e na ausência temporária do companheiro especialista em arqueologia que nos iria relatar a sua explicação arqueológica do monumento, não nos restaram senão algumas brincadeiras a volta de um pequeno pessegueiro aí florescido com a hipotética exportação de "melocoton en su almibar" pelos nossos antepassados... o que se não conseguiu elucidar ninguém fez pelo menos animar as disposições do grupo.
|
A entrada no recinto amuralhado |
|
Pormenor da muralha |
|
O poço |
Em seguida e já com melhoria do tempo continuámos o nosso périplo e qual não é o espanto quando passámos em plena charneca ribatejana por um verdadeiro terreiro de candomblé com todos os seus orixás, altares e amuletos e com toda uma envolvência mistica habitual. Uma verdadeira surpresa!
|
Terreiro de Candomblé |
Depois de atravessar o terreiro descemos um trilho quase a 90% o qual
com a chuva da manhã mais parecia uma pista de lama mas foi
bonito ver o sorriso e a alegria da descida lamacenta...
E novamente por vinhedos ondulados rumamos a Manique.
|
O aqueduto das aguas do alviela |
E como ainda não era suficiente, uma vedação corta o trilho com gado bovino no cercado tornando imperativo contornar a vedação e alterar o trilho
E finalmente de volta a Manique do Intendente
Onde de fronte das ruínas do fabuloso palácio inacabado do Intendente Pina Manique nos juntámos para a habitual foto de grupo
|
Palácio Inacabado de Pina Manique |
E assim terminou mais uma actividade do Grupo NOVOS TRILHOS!
Até Breve!
Sem comentários:
Enviar um comentário