segunda-feira, 14 de março de 2016
Por vezes....
Por vezes sonhamos lentidões
no vagaroso registo dos olhos
caminhamos como se fôssemos muitos
e levássemos o céu nos pés
e em cada passo houvesse uma revelação
um breve eco de um profeta que se afasta
por vezes, o frugal silêncio da solidão
ensina o luxuriante grito do inferno
onde a alma gela
em corpo incandescente.
por vezes, somos assim
um a um muitos e quase nenhum
rastos rostos precários
estátuas que se movem sem o saber.
2015, José Esteves
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