Há já algum tempo que queria voltar a Ródão, a Vila Velha de Ródão e mais uma vez subir aquele rochedo imponente que faz parte do denominado Complexo das Portas de Ródão e acima de tudo faz parte do meu imaginário infantil, uma formação geológica resultante da intersecção do relevo geográfico com o curso do rio Tejo, que aqui corre entre duas paredes escarpadas, que atingem cerca de 170 m de altura, fazendo lembrar duas "portas", uma na margem norte pertencente à Beira Baixa, e outra a sul no concelho pertencente ao Alto Alentejo.
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As portas de Ródão vistas da ponte em Vila Velha de Ródão |
Às 9:00 horas lá estávamos 15 Bravos Caminheiros no acesso à ponte que liga a Beira Baixa ao Alto Alentejo, olhando a escarpa e sonhando com a sua conquista .
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A Ponte que liga o Alto Alentejo à Beira Baixa |
Passámos para a outra margem e começámos a nossa saga numa grande algazarra como é habitual, e ao olhar as margens do Tejo verificámos logo ao longe que o nosso trilho planeado estava coberto pelas águas pois decerto estariam fechadas as comportas da barragem do Fratel.




Sem outra alternativa demos NOVOS TRILHOS à paisagem, e muito a custo lá conseguimos perfurar a frondosa vegetação por entre fetos, silvados e arbustos, umas vezes junto à água outras mais longe.



Até que começamos a avistar a escarpa de perto e pudemos admirar a sua imponência!
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Por entre fetos avistámos a escarpa |
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Como era a bela! |
E quando já parecia uma eternidade, eis a cascalheira da escarpa em toda a sua magnitude a desafiar-nos!



Depois da cascalheira veio um pequeno trilho com alguns troços um pouco mais técnicos que exigiram pontualmente um pouco de escalada mas nada de muito difícil.




Durante a subida, paisagens deslumbrantes do apertado vale entre as escarpas!

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Ponte sobre o Tejo em Ródão |



Já quase a atingir o topo do rochedo, avistamos os seus habitantes e defensores, os grifos!
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Olhando os Grifos a sobrevoarem-nos |
Finalmente chegámos ao topo e la estava a recompensa da conquista!
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A Oeste com o Tejo a seguir o seu curso |
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A sul, Arneiro e Conhal |
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A recompensa da conquista do rochedo, Banana Time |
Conquistado o rochedo, continuamos o nosso percurso rumo ao porto fluvial do Arneiro a jusante das portas de Ródão.
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Porto do Arneiro |
Chegámos ao sitio da exploração aurífera da época romana, o conhal do Arneiro. Trata-se de uma exploração mineira romana onde os depósitos auríferos seriam desmanchados pela força erosiva da água captada e armazenada na bacia hidrográfica da Ribeira da Nisa, através de um engenhoso sistema hidráulico e canais de encaminhamento de água.



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Montículos de calhaus rolados resultantes da separação mineira |
Em seguida dirigimo-nos para a aldeia do Arneiro mas antes ainda tínhamos uma subida à "Novos Trilhos" a provocar-nos desafiadoramente lá do alto e à qual não conseguimos resistir...


Arneiro, terra de pescadores, uma aldeia típica do Norte Alentejano.




Depois de um merecido descanso com o calor a apertar partimos para mais uma etapa, as margens do Tejo e a central da Velada na ribeira de Nisa seu afluente.
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Rio Tejo |


Os edifícios em ruínas do complexo da Central da Velada.









Mas eis que mais um obstáculo se nos afigura, o trilho não tem passagem para a outra margem, há que descobrir um vau da ribeira onde seja possível a travessia... e la nos deparamos com um troço mais baixo com pouca corrente onde se pode atravessar sem perigo...
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Atravessando a Ribeira de Nisa |
E novamente subimos à planície Alentejana tão saudosa nas minhas memórias.... e nesta altura multicolorida com o grito da primavera.


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Serra das Talhadas e Portas de Ródão ao fundo |
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Planície |


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Muros de Xisto e Sobreiros característicos da zona |
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O Alentejo com vista para a Beira Baixa |
E para completar o itinerário subimos a serra de São Miguel rumo à Beira Baixa onde deixámos os carros.


Completámos o périplo por terra de Ródão novamente na ponte de Vila Velha cansados mas tranquilos e felizes depois de um dia pleno de aventuras e boa disposição.

Assim finalizámos o nosso trekking de sábado e fomos até Nisa onde tomámos um refrescante banho para depois irmos provar as iguarias regionais relacionadas com o peixe de rio, as célebres sopas de peixe do rio, sável com açorda e enguias fritas com sopas de peixe, uma delicia onde não faltou a animação do grupo regional "Fora de Horas", de que fica aqui um pequeno registo.
Fomos então descansar pois no dia seguinte esperava-nos mais uma aventura por terras da vizinha AMIEIRA DO TEJO!




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O Tejo visto da ponte |
Assim finalizámos o nosso trekking de sábado e fomos até Nisa onde tomámos um refrescante banho para depois irmos provar as iguarias regionais relacionadas com o peixe de rio, as célebres sopas de peixe do rio, sável com açorda e enguias fritas com sopas de peixe, uma delicia onde não faltou a animação do grupo regional "Fora de Horas", de que fica aqui um pequeno registo.
Fomos então descansar pois no dia seguinte esperava-nos mais uma aventura por terras da vizinha AMIEIRA DO TEJO!
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