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quarta-feira, 25 de março de 2015

“A Natureza é Rainha e o Mar é Rei”

     O dia 21 de março amanheceu frio e chuvoso.

     Os Novos Trilhos reuniram-se em Porto Touro, perto do Cabo da Roca para uma caminhada curta (17 km) mas muito exigente sob o ponto de vista físico.

     A primavera acabara de chegar e a flora costeira, fez questão de recebê-la com uma orgia de cores e cheiros, que inundou os nossos sentidos e nos transportou para um mundo onde "a natureza é rainha e o mar é rei".




    

 A caminhada decorreu fundamentalmente ao longo da belíssima costa envolvente ao Cabo da Roca, num percurso técnico, de constantes subidas e descidas que moderaram o ritmo da caminhada e, que por via disso, nos permitiu apreciar as fantásticas falésias da região, constantemente fustigadas  por um mar revolto, a que damos o nome de Oceano Atlântico.

  
   
Os trilhos estreitos “rasgam” as falésias e servem de guia a um grupo coeso e unido que aproveita as pausas para restabelecer energias e reforçar o espírito de grupo. 


    

 A última grande subida culminou com a chegada ao emblemático Cabo da Roca, por ser a ponta mais Ocidental do Continente Europeu. 
     A subida é íngreme, o cansaço é notório e lá no alto, inúmeros turistas observam-nos com um misto de curiosidade e admiração por tão heroico esforço.
     Lá em cima  o esforço e cansaço são recompensados pela fantástica paisagem que faz deste local um dos mais procurados pelos turistas de todo o mundo.

     

     À chegada sentimo-nos vivos, fortes quase como se fossemos imortais.

     A chegada é por isso triunfal e o local o ideal para a habitual foto de grupo!
    


     Para memória futura, e porque recordar é viver, esta cronica não ficaria completa sem os já habituais vídeo e vídeo fotográfico da magnífica caminhada.





terça-feira, 8 de outubro de 2013

Porto Touro




Estávamos nos últimos dias de Agosto e tínhamos combinado efetuar a próxima caminhada no primeiro sábado de Setembro que seria daí a uma semana, as férias tinham acabado e estava em casa a pensar se deveria ou não caminhar no dia seguinte, sábado. Almocei e logo a seguir decidi que não ia ficar quieto, tinha de caminhar e sem pensar mais lancei o repto no facebook as pessoas do grupo... quem queria ir caminhar no dia seguinte?

Os apelos tiveram ouvidos e as reacções não se fizeram tardar, durante a tarde fomos nos juntando e ao fim do dia éramos 11 almas prontas a desafiar as falésias do Cabo da Roca, ponta mais ocidental da Europa e no dia seguinte com muito calor e bem cedo chegámos ao ponto de encontro na aldeia da Azoia.

Dali rumámos ao oceano às falésias do Guincho Velho e ao chamado Porto Touro mas para nossa decepção apenas avistámos terra queimada, cinzas e odor a fogo de um incêndio havido 2 dias antes. Apesar disso ainda havia beleza naquelas paisagens embora uma beleza triste sinal de destruição de uma zona que antes era escrita em tons de verde.



Ao longe o Abano


Terra queimada






E chegámos as arribas do Guincho Velho, um local mágico cheio de ilhas-rochedos e falésias alcantiladas com as varias tonalidades de rocha a compor a paisagem, um dos mais belos locais da costa portuguesa.



Guincho Velho

Guicho Velho




Por belos e difíceis trilhos chegámos ao Porto Touro e ao chamado Espigão das Ruivas, um sitio arqueológico sobre o qual já muita tinta correu, havendo quem defenda ter sido uma espécie de farol pré-romano, outros um santuário de culto ao sol e a lua.

Porto Touro


Porto Touro










Contornámos assim todo o rendilhado de costa que vai do Guincho até ao farol do cabo da Roca, com subidas e descidas íngremes, rochedos, falésias e trilhos difíceis e paisagens verdadeiramente surreais.




Malhada do Ouriçal
Cabo da Roca








Chegados ao Cabo da Roca parámos no fresco de um bar ali existente onde nos refrescámos e recuperámos do forte calor que se fazia sentir.

Farol do Cabo da Roca



Novamente rumámos para sul, para a aldeia da Azoia onde tínhamos deixado os carros e assim completámos mais uma rota pequena mas tão bela quanto difícil.








terça-feira, 21 de maio de 2013

Na Ponta mais ocidental do Continente Europeu


 
O local “Onde a terra se acaba e o mar começa”, assim o descreveu Luís Vaz de Camões (in Os Lusíadas), o promontorium magnum dos Romanos, foi o nosso destino no ultimo sábado.

 

Praia Grande
Praia Grande


Eram 9:00 horas quando 17 valentes destemidos iniciaram a travessia e dobraram o cabo da Roca, ponta mais ocidental do continente europeu num percurso que apesar dos seus diminutos 16 km é capaz de arrasar o mais bem preparado dos caminheiros, dada a quantidade de subidas e descidas (1.300 metros de desnível positivo e 1.300m de desnível negativo), capaz de rivalizar com alguns difíceis percursos nos Pirineus ou nos Alpes.




Inicio da caminhada

Assim, iniciámos o nosso périplo na Praia Grande a norte do Cabo e subimos a arriba debaixo de chuva intensa que felizmente parou no final da subida... de tal forma que nem pudemos observar as pegadas de dinossauro existentes ao lado do trilho.


A subir pelo trilho das pegadas dos dinossauros



Chegados ao topo da arriba pudemos observar a paisagem sobre a praia Grande até onde o horizonte o permitia.




Praia Grande


E continuámos pela arriba com uma bela vista da baía da Adraga até à forte descida para a dita praia da Adraga.




Enseada da Adraga


Descida para a Adraga

   


Adraga


E claro, depois de uma forte descida, tivemos uma forte subida para novamente ficarmos no topo de mais uma arriba com vista para a enseada da praia do cavalo, 




Praia do Cavalo



de rochedos já batizados pelo povo, tais como a Pirâmide e a Sentinela.




A Pirâmide


E finalmente a Praia da Ursa, um local selvagem de rara beleza, fruto de milhões de anos de erosão provocada pela força do oceano atlântico, considerado inclusive pelo Guia Michelin uma das praias mais bonitas do mundo.




Praia da Ursa


Escarpas pontiagudas entre falésias, cascatas, um pequeno areal e inúmeras rochas trazidas pelo mar fornecem um manancial quase inesgotável de imagens arrebatadoras, entre as quais um rochedo a que chamam a Ursa pela sua parecença com aquele animal.


Rochedo da Ursa



Praia da Ursa



Praia da Ursa


A descida para este local faz-se por um estreito acesso com dificuldade técnica e um declive bastante acentuado.


Inicio da descida para a praia da Ursa



Descida para a praia da Ursa


A maré estava alta o que dificultou a passagem do grupo, tivemos então que voltar as velhas regras de pescadores e surfistas e esperar pela sétima onda depois da maior, verdade ou não, lá passámos todos sem nos molharmos.


A passagem no intervalo das ondas


Depois de apreciar as belezas deste local, voltamos a subir a escarpa desta vez a caminho do farol do cabo da roca,




saída da praia da Ursa

Rochedo da Ursa ao fundo


o tal promontorium magnus da época romana, o final da cordilheira central ibérica que partindo do nordeste de Espanha acaba aqui abruptamente sobre o atlântico, dando origem as sierras de Guadarrama e Gredos em Espanha e da Estrela, Aire, Montejunto e Sintra em Portugal. 







Podemos neste local observar a flora endémica a Armeria Pseudoarmeria, vulgarmente chamada de Cravo Romano.


Armeria Pseudoarmeria


Depois de chegarmos ao topo do cabo e antes de iniciarmos uma nova descida decidimos parar para o Banana Time, uma pequena pausa para retempero das pernas e do estômago.



Banana Time onde houve quem aproveitasse para vestir roupa mais fresca



Em seguida descemos abruptamente para a praia da Malhada do Ouriço, uma pequena enseada de pedras roladas num dramático ambiente rochoso e que tem um pequeno ilhéu furado que empresta um exótico toque de beleza ao local.




 
Malhada do Ouriçal


O que carateriza melhor a dificuldade desta caminhada é a quase ausência de percurso plano, ora descemos abruptamente ora subimos vertiginosamente e assim mais um vez subimos até às ruínas do antigo forte do Espinhaço, construído no século XVII, constitui um excelente miradouro sobre o cabo.





E do forte ao olharmos para trás deparamos com uma paisagem quase surreal do cabo da Roca e seu farol, sentinela do Oceano Atlântico.

Cabo da Roca


Depois de mais uma sucessão de subidas e descidas com vistas únicas sobre as falésias, chega a hora do Lunch time seguido de uma breve "siesta" em cima dos blocos de granito.








Chegamos ao Porto Touro, local com vestígios humanos da idade do ferro, nomeadamente o rochedo a que chamam o Espigão das Ruivas, possível farol da época romana ou local de culto ao sol e a lua.














Mas ainda mais subidas e descidas tínhamos que vencer antes de chegar ao terminus da nossa atividade, a praia do Abano.




Praia do Abano à vista




Onde nos esperava um delicioso bolo de canela, maçã e noz oferta de uma companheira prestes a cumprir aniversário!